quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dica: Os cintos de guarnição policiais e militares


Um dos equipamentos mais importantes da composição de uniforme de um policial é o cinto de guarnição. Para quem não sabe, o cinto de guarnição é um cinto que cobre o cinto tradicional, e em vez de segurar as calças tem como função primordial deixar livres as mãos do policial, já que muitos equipamentos são transportados individualmente pelos policiais durante o serviço: algemas, arma de fogo, canivete, lanterna, agentes químicos, bloco de anotações, munição etc.



O que alguns policiais não sabem é que os cintos de guarnição, se mal utilizados, podem gerar danos à saúde – principalmente ortopédicos. Um cinto sobrecarregado pode levar mais de 10 quilos de equipamento, peso não muito adequado para a resistência da coluna. Vamos tratar deste e outros aspectos neste post.

Evitando danos causados pelo cinto de guarnição

Segundo especialistas, são três os principais fatores de desconforto no cinto de guarnição: peso sobre o cinto, pressão dos equipamentos no corpo (cinto apertado) e pressão dos equipamentos quando o policial está na viatura.

No primeiro caso, a dica óbvia é evitar sobrecarregar o cinto de guarnição. Há quem porte equipamentos quase que por enfeite, avolumando a silhueta mas prejudicando a coluna vertebral. Se precisar carregar muitos equipamentos, aproveite-se dos bolsos existentes em algumas capas de coletes a prova de balas, distribuindo o peso confortavelmente por outras partes do corpo.

Outra saída é a utilização de suspensórios, que são eficazes na distribuição do peso do equipamento por cima dos ombros e do tórax, e não apenas na cintura. Eles possibilitam que o cinto fique menos apertado, reduzindo a pressão exercida sobre o estômago e a área de cintura. Mas há a fragilidade na segurança, pois pode ser usado como uma “alça”, no caso de embate corporal com um suspeito.

É prudente evitar pôr objetos ‘duros’ sobre a coluna lombar (parte de trás do cinto). Algemas transportadas na parte de trás do cinto podem criar dor nas costas, pois exercem pressão constante sobre a parte inferior das costas quando se está sentado no banco da viatura. Fora do carro, assim posicionada, pode ser perigosa em uma queda, atingindo a coluna vertebral gravemente.


Características de um bom cinto de guarnição

No artigo “Ergonomics and police duty belts“, a ergonomista Kathy Espinoza aponta as seguintes características como sendo adequadas para um cinto de guarnição policial:

– Bordas arredondadas e acolchoadas na parte inferior e superior: cintos com bordas duras tendem a ser contundentes contra as costas, enquanto um cinto com bordas arredondadas e acolchoadas na parte superior e inferior se conformam melhor ao corpo;

– Cintos finos são menos incômodos, segundo o estudo. O ideal é que o cinto possua cerca de 5cm de altura;

– São preferíveis cintos de nylon, que são flexíveis e leves;

– Escolha um cinto que tenha regulagem livre, evitando muita folga (operacionalmente inadequado) e muito aperto, pressionando a região pélvica e os quadris desconfortavelmente. Geralmente cintos com fivela de metal não possuem essa flexibilidade.


Em resumo, quando se trata de adquirir um equipamento policial, a palavra de ordem é: “conforto”. Com tantos desgastes já naturais na atividade policial, é bom evitar exigir do corpo além do necessário. Fica a dica…